Resolvi reler um livro muito tocante, que me emprestaram durante a gestação e que sempre me vêm à mente em momentos diferentes – e geralmente difíceis. Como dizem, ler, reler, e ler de novo, é necessário, já que mudamos, pensamos, agimos de forma diversa com as mudanças – e a chegada de um filho é uma mudança e tanto na nossa vida. Pelo menos na minha foi um “sacode” de realidade e de muita alegria e gratidão. A maternidade exige mudança, amadurecimento, desapego, exige respirar fundo e contar até dez “setenta vezes sete vezes” – assim como o perdão que Jesus ensina a Simão Pedro.
Mas voltando ao livro – o “Nossos Filhos São Espíritos”, de Hermínio C. de Miranda, vale a leitura para qualquer pessoa, acredito – já que somos, também, filhos. Voltei às páginas com meu filho já com um ano e meio. E a releitura tem sido bem lenta – encontrar tempo (livre, em silêncio, concentrada) para me dedicar somente ao livro vem sendo um desafio… Mas adianto, aqui, as impressões, já com o pequeno perto dos dois anos, do primeiro capítulo, em que o autor diz, lindamente, que, o (re)nascimento é um “deslumbrante espetáculo de renovação da vida” (pág 14). Deslumbrante e confuso – para pais de primeira viagem, assim como ele ao escrever tais páginas.
Para começar, ao olhar os olhinhos da filha, recém-nascida, em seus braços, uma grande pergunta: “que ela chegara, não havia dúvida, pois estava ali, olhos curiosos, prontinha para começar a exploração do novo mundo em que viera viver. Minha dúvida era outra, ou seja, de onde vinha aquele ser? A lógica, me dizia, que se chegara aqui é porque partira de algum lugar. Onde, porém?” (pág 13). Pergunta que me veio, não no nascimento. Mas tempos depois, quando me dei conta de que a vinda dele é um reencontro… Por que esse reencontro – de meu espírito e o espírito que veio como meu filho nesta vida?
Sim, nossos filhos são espíritos… “tanto seus filhos como os meus são gente de verdade, que já existiu antes e vai continuar existindo depois que nós morrermos, e eles também” (…) sendo verdade, como é, tanto faz acreditar como não, aceitar ou não, concordar ou discordar, um dia chegamos lá, pois a verdade é paciente, tanto quanto a caridade, como dizia o nosso Paulo”. (pág 37). É uma baita reflexão… Graças a Deus eu acredito, aceito, concordo… mesmo assim, daí, vêm mais e mais perguntas… que, não necessariamente serão respondidas (pelo menos não agora, já que também acredito, aceito e concordo – apesar de ‘reclamar disso às vezes’ – tudo acontece no tempo de Deus, não no nosso).
E, voltando um pouco nas páginas de Hermínio de Miranda, uma passagem que me dá um frio na barriga… linda, doce e tão real. “…havia um pouco de mim naquele tépido bolinho de gente, à espera de que a tomássemos nos braços e, depois, pelas mãos, lhe mostrássemos como era nosso mundo. E já sentia, nas profundezas da memória do futuro, aquele dia em que ela não mais precisasse das nossas mãos e partisse para viver sua vida. (…) afinal de contas, a vida era dela e não nossa, e como eu aprenderia posteriormente, antes de sermos filhos uns dos outros, somos todos filhos de um só Pai.”
Penso, reflito… e temo… é algo grandioso e muito complexo pra mim, ainda… Pode ser que, como o autor diz, ainda preciso de ‘olhos de ver’…
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