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Fundação Espírita Nosso Lar completa 71 anos

A Fundação Espírita Nosso Lar foi criada no dia 2 de maio de 1953 pelo senhor Benedito dos Santos Corrêa. O terreno localizado à Rua Professor Raimundo Nonato, 220, no bairro Santa Tereza, Região Leste de Belo Horizonte, foi doação da mãe dele, a senhora Maria Cândida Corrêa. A denominação oficial era Fundação “Nosso Lar” e, a partir de 6 de março de 1982, passou a ser chamada de Fundação Espírita “Nosso Lar”. Uma outra unidade da Fundação funciona no bairro Salgado Filho, na Região Oeste da Capital, com a mesma finalidade.

Os primeiros atendimentos da Fundação foram a menores desamparados na modalidade de orfanato e às mães grávidas solteiras que, algumas vezes, eram expulsas de seus lares pelos próprios pais. Ali elas permaneciam até que os filhos nascessem e, depois, eram encaminhadas para empregos, na maioria das vezes, como domésticas.
Com o passar do tempo, as tarefas da Instituição foram se adequando de acordo com as condições e necessidades sociais. Tornou-se um asilo (ao mesmo tempo com o orfanato). Foi cenário de grandes lutas sociais, de muito aprendizado e muito empenho para contribuir na criação de uma sociedade melhor. Com a dificuldade de conciliar idosos e crianças, o asilo foi desativado e os idosos foram transferidos para o então Asilo Paulo de Tarso, instituição co-irmã, fundada por companheiros do mesmo ideal.

Na década de 1970, a unidade do bairro Santa Tereza, berço da Instituição, funcionava precariamente devido às condições do prédio já antigo; fazia-se necessária uma grande reforma. Nesta época, o Hospital Espírita André Luiz doou à Fundação o terreno à Rua Dr. Samuel Hahnemann, no bairro Salgado Filho, onde foi construída a segunda unidade. O local recebeu a denominação de Casas Lares “Ana G. Castilho”, em homenagem à mãe de um dos benfeitores responsáveis pela construção. A inauguração ocorreu em 20 de abril de 1978 quando esta unidade passou a ser a sede da Instituição.

Assim, todas as crianças foram transferidas para a nova unidade e passaram a viver em grupos de 10 pessoas em cada casa, com uma “Mãe Social” responsável. Era a tentativa de resgatar as famílias que elas perderam ou nunca tiveram. Tinham boa alimentação, higienização e educação escolar. O objetivo era oferecer todos os cuidados de que uma criança necessita, mas dentro de normas educativas e disciplinares que lhes garantissem uma boa conduta moral cristã e de cidadania.

A unidade de Santa Tereza esteve desativada durante 5 anos. Em 1983, começou a ser recuperada em um trabalho difícil devido à falta de recursos. As obras eram urgentes e imprescindíveis, pois a construção ameaçava desabar. Na ocasião, o senhor Alberto Mizrahy tomou para si a responsabilidade de reativar a casa e formou uma equipe que trabalhou incansavelmente para conseguir os recursos necessários.

Em 07 de março de 1984, a unidade recebeu a denominação Núcleo Infantil “Maria Cândida Corrêa” (nome fantasia), em homenagem a mãe do fundador. Em maio do mesmo ano, os trabalhos assistenciais foram reiniciados, como permanecem até hoje, em regime de semi-internato (creche), no período de 7h30 às 17, para crianças carentes, abrigando-as, para que as mães e pais possam trabalhar.

Já naquela época, havia a preocupação de proporcionar a educação básica, com as turmas separadas por faixa etária, desde o Maternal até o 2° Período. Vale ressaltar que, desde então, a Fundação contou com o auxílio incansável de voluntários que sempre prestaram assistência às crianças assistidas pela Instituição, inclusive nas áreas médica e psicológica.

No final de 1990, o orfanato que funcionava nas Casas Lares, foi desativado por falta de recursos financeiros em assistir e preparar os jovens para a vida fora da Instituição. Em janeiro de 1991, a unidade do bairro Salgado Filho passou a funcionar como creche, recebendo crianças na faixa etária de 4 meses a 6 anos, em regime de semi-internato, com educação básica, palestras educativas, assistência médica etc. Em outubro de 1992, foi firmado convênio, junto a Secretaria Municipal de Educação, para o atendimento de 100 crianças da creche Casas Lares “Ana G. Castilho”. Em novembro de 2003, nova mudança. Foi assinado o convênio para atendimento de 76 crianças do Núcleo Infantil “Maria Cândida Corrêa”.

O Núcleo Infantil Maria Cândida Corrêa atende hoje mais de 100 crianças, com alguns meses de vida até 3 anos e 11 meses. Essas crianças permanecem na creche entre 7h30 e 16h30 e recebem 5 refeições diárias. Dezenas de educadoras trabalham na instituição com a missão de levar amor, carinho e conhecimento aos pequenos.

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